quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Significante x Significado


Todo o SIGNO LINGUÍSTICO é composto por duas partes: O Significante e o Significado.

O Significante é a parte física da palavra, é a imagem acústica (grafia + som).
O significado é o conceito transmitido pelo significante. É a imagem que automaticamente criamos em nossa mente ao ouvir a palavra.

Pode ocorrer de um significante ter mais de um significado. Por exemplo:

Se alguém lhe diz MANGA (significante), você pode pensar imediatamente na fruta MANGA. Neste caso, a fruta se torna o significado.

Mas se alguém me disser MANGA, eu posso imaginar a manga de uma blusa e atribuir este novo significado ao significante proposto, sem que esteja errado.

Essa polissemia (Poli = vários; Semia = significado) se dá, devido a análise da palavra em si, isolada.

Se alguém dissesse: “Aquele suco de MANGA estava delicioso.” Não há como ocorrer polissemia, pois o contexto em que está empregada a palavra, nos remete à fruta.


A palavra DOCE é um SIGNIFICANTE. Já a imagem que se constrói na mente de quem a ouve, é o conceito de mundo que a pessoa tem de DOCE. Ou seja, ao ouvir a palavra doce, pode-se pensar em bala, pirulito, chocolate, bolo, etc. E todos esses tipos de guloseimas, são significados de um mesmo significante.




Outro exemplo:



A palavra SALSA (POLISSÊMICA) e os seus significados:







Fonte: http://fatimalp.blogspot.com.br/2012/02/significante-e-siginificado.html
Por: Lalinha Brito

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Sintagma e Paradigma


    As relações sintagmáticas são aquelas estabelecidas pela linearidade. Os signos falados/escritos formam uma cadeia onde cada elemento ocupa uma posição determinada.
   O princípio da linearidade possibilita a apreensão de contrastes: a cadeia sintagmática resulta de combinação de elementos entre si.

   As relações paradigmáticas estabelecem oposições com elementos in absentia, aqueles presentes na nossa memória (arcabouço).

Sintagma = Presente.
Paradigma = Possibilidades.







Trechos da aula do Professor Adilson Oliveira - Universidade Paulista.
Dicotomias Saussureanas.
Por: Lalinha Brito.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Sincronia & Diacronia! O que são?

Sincrônico: significa ao mesmo tempo & Diacrônico: significa através do tempo

Para o estudo da língua,
Sincronia: é estudar os fenômenos da língua através de uma determinada fase e época, de forma estática e descritiva.
Posso dizer que a palavra você tem 4 letras: v-o-c-ê
Ou que ela tem 2 sílabas: vo-cê
Diacronia: é o estudo da língua que engloba as as mudanças ocorridas através do tempo.
A Diacronia ou Linguística Histórica é a descrição de uma língua e suas mudanças sofridas  ao longo de sua história, analisadas nas relações entre os termos que se substituem, por sucessão, ao longo do tempo.
exemplo: o pronome de tratamento “você” que utilizamos muito nas mais diversas formas de comunicação do dia a dia e que talvez, por ser muito utilizado pelos falantes, tenha mais probabilidade de sofrer mudanças.
Assim sendo, a expressão “Vossa mercê”  que evoluiu sucessivamente a:
vossemecêvosmecê“, “vancê e você. 
“Vossa mercê” (mercê significa graça,concessão) era um tratamento dado a pessoas às quais não era possível se dirigir pelo pronome tu, era o elevado tratamento dado na terceira pessoa primeiramente aos reis de Portugal. No século XV, quando os soberanos portugueses adotaram o chamamento de alteza (vossa alteza, e sua alteza) foi o título de mercê começado a ser dado às principais figuras do Reino, nas principais casas fora da Família Real, generalizando-se a dado passo como forma de tratamento adotada pelos fidalgos entre si. Este processo foi lento e gradual.
“Mercê“, do latim Merces, significa  benefício, presente, dignidade ,recompensa, pagamento, relacionado a MERX, que quer dizer “mercadoria, objetos para compra e venda”.
A antiga expressão vossa mercê, “Vossa Dignidade”, foi encurtada para Vosmecê e depois para Você e há lugares e ocasiões onde se diz apenas “Cê”.
É um fato também observar que diante da rapidez nas comunicações do dias atuais ao enviar uma SMS nas comunicações em chats em programas da internet e redes sociais  “você” é usado como “Vc”, um meio de ganhar tempo nas mensagens curtas.
Diacronia do atual pronome “você”
____________|___________|__________|________|_______|
    vossemecê        |       vosmecê       |        vancê        |        você      |       cê….
Saussure indica os dois eixos que “todas as ciências deveriam ter interesse em assinalar”:
Eixo das simultaneidades:  se refere às relações entre coisas coexistentes, de onde toda intervenção do tempo se exclui.
Eixo das sucessões: sobre os quais não se pode considerar mais do que uma coisa por vez, mas onde estão situadas todas as coisas do primeiro eixo com suas respectivas transformações.
Referencias:
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Lingüística Geral. 24ª ed., São Paulo: Cultrix, 2002, p. 96.
FARACO, Carlos A. Lingüística Histórica, uma introdução ao estudo da história das línguas. São Paulo: Editora Ática., 1998, p. 129.
Texto: Sincronia & Diacronia! o que é?
Por: Genilson Macedo - Fonte: https://linguisticaemfoco.wordpress.com/tag/diacronia/

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Linguística - Como é Fácil Entender!



Texto: Grandes nomes da ciência Linguística
Por: Genilson Macedo - Fonte: Globo Ciência

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

VISÃO GERAL DA HISTÓRIA DA LINGUÍSTICA

PARTE II:

Desde o início vê-se surgirem, ao lado de Bopp, linguistas eminentes: Jacob Grimm, o fundador dos estudos germânicos (sua Gramática Alemã foi publicada de 1822 a 1836); Pott, cujas pesquisas etimológicas colocaram uma quantidade considerável de materiais ao dispor dos linguistas; Kuhn, cujos trabalhos se ocuparam, ao mesmo tempo, da linguística e da Mitologia comparada; os indianistas Benfey e Aufrecht etc.

Por fim, entre os últimos representantes dessa escola, merecem citação particular Max Muller, G. Curtius e August Schleicher. Os três, de modos diferentes, fizeram muito pelos estudos comparativos. Max Muller os popularizou com suas brilhantes conferências (Lições sobre a ciência da linguagem, 1816, em inglês); não pecou, porém, por excesso de consciência. Curtius, filólogo notável, conhecido sobretudo por seus Princípios de etimologia grega (1879), foi um dos primeiros a reconciliar a Gramática comparada com a Filologia clássica. Esta acompanhara com desconfiança os progressos da nova ciência, e tal desconfiança se tinha tornado recíproca. Schleicher, enfim, foi o primeiro a tentar codificar os resultados das pesquisas parciais. Seu Breviário de gramática comparada das línguas indo-germânicas (1816) é uma espécie de sistematização da ciência fundada por Bopp. Esse livro, que durante longo tempo prestou grandes serviços, evoca melhor que qualquer outro a fisionomia dessa escola comparatista que constitui o primeiro período da Linguística indo-europeia.

Tal escola, porém, que teve o mérito incontestável de abrir um campo novo e fecundo, não chegou a constituir a verdadeira ciência da Linguística. Jamais se preocupou em determinar a natureza do seu objeto de estudo. Ora, sem essa operação elementar, uma ciência é incapaz de estabelecer um método para si própria.

O primeiro erro, que contém em germe todos os outros, é que nas investigações, limitadas aliás às línguas indo-europeias, a Gramática comparada jamais se perguntou a que levavam as comparações que fazia, que significavam as analogias que descobria. Foi exclusivamente comparativa, em vez de histórica. Sem dúvida, a comparação constitui condição necessária de toda reconstituição histórica. Mas por si só não permite concluir nada. A conclusão escapava tantos a esses comparatistas quando consideravam o desenvolvimento de duas línguas como a um naturalista o crescimento de dois vegetais. Schleicher, por exemplo, que nos convida sempre a partir do indo-europeu, que parece portanto ser, num certo sentido, deveras historiador, não hesita em dizer que em grego e e o são dois “graus” (Stufen) do vocalismo. É que o sânscrito apresenta um sistema de alternâncias vocálicas que sugere essa ideia de graus. Supondo, pois, que tais graus devessem ser vencidos separada e paralelemente em cada língua, como vegetais da mesma espécie passam, independentemente uns dos outros, pelas mesmas fases de desenvolvimento, Schleicher via no o grego um grau reforçado do e como via no ã sânscrito um reforço de ã. De fato, trata-se de uma alternância indo-europeia, que se reflete de modo diferente em grego e em sânscrito, sem que haja nisso qualquer igualdade necessária entre os efeitos gramaticais que ela desenvolve numa e noutra língua.

Esse método, exclusivamente comparativo, acarreta todo um conjunto de conceitos errôneos, que, na realidade, não correspondem a nada, e que são estranhos às verdadeiras condições de toda linguagem. Considerava-se a língua como uma esfera à parte, um quarto reino da Natureza; daí certos modos de raciocinar que teriam causado espanto em outra ciência. Hoje não se pode mais ler oito ou dez linhas dessa época sem se ficar surpreendido pelas excentricidades do pensamento e dos termos empregados para justifica-las.

Do ponto de vista metodológico, porém, há certo interesse em conhecer esses erros: os erros duma ciência que principia constituem a imagem ampliada daqueles que cometem os indivíduos empenhados nas primeiras pesquisas científicas; teremos ocasião de assinalar vários deles no decorrer de nossa exposição.

Somente em 1870, aproximadamente, foi que se indagou quais seriam as condições de vida das línguas. Percebeu-se então que as correspondências que as unem não passam de um dos aspectos do fenômeno linguístico, que a comparação não é senão um meio, um método para reconstituir os fatos.

A Linguística propriamente dita, que deu à comparação o lugar que exatamente lhe cabe, nasceu do estudo das línguas românicas e das línguas germânicas. Os estudos românicos, inaugurados por Diez – sua Gramática das línguas românicas data de 1836-1838 -, contribuíram particularmente para aproximar a Linguística do seu verdadeiro objeto. O romanistas se achavam em condições privilegiadas, desconhecidas dos indo-europeístas; conhecia-se o latim, protótipo das línguas românicas; além disso, a abundância de documentos permitia acompanhar pormenorizadamente a evolução dos idiomas. Essas duas circunstâncias limitavam o campo das conjecturas e davam a toda pesquisa uma fisionomia particularmente concreta. Os germanistas se achavam em situação idêntica; sem dúvida, o protogermânico não é conhecido diretamente, mas a história das línguas que dele derivam pode ser acompanhada com a ajuda de numerosos documentos, através de uma longa sequência de séculos. Também os germanistas, mais próximos da realidade, chegaram a concepções diferentes das dos primeiros indo-europeístas.

Um primeiro impulso foi dado pelo norte-americano Whitney, autor de A vida da linguagem (1875). Logo após se formou uma nova escola, a dos neogramáticos (Junggrammatiker), cujos fundadores eram todos alemães: K. Brugmann, H. Osthoff, os germanistas W. Braune, E Sievers, H. Paul, o eslavista Leskien etc. Seu mérito constituiu em colocar em perspectiva histórica todos os resultados da comparação, e por ela encadear os fatos em sua ordem natural. Graças aos neogramáticos, não se viu mais na língua um organismo que se desenvolve por si, mas um produto do espírito coletivo dos grupos linguísticos. Ao mesmo tempo, compreende-se quão errôneas e insuficientes eram as ideias da Filologia e da Gramática comparada (1). Entretanto, por grandes que sejam os serviços prestados por essa escola, não se pode dizer que tenha esclarecido a totalidade da questão, e, ainda hoje, os problemas fundamentais da Linguística Geral aguardam uma solução.

(1) A nova escola, cingindo-se mais à realidade, fez guerra à terminologia dos comparatistas e notadamente às metáforas ilógicas de que se servia. Desde então, não mais se ousa dizer: “a língua faz isto ou aquilo” nem falar da “vida da língua” etc., pois a língua não é mais uma entidade e não existe senão nos que a falam. Não seria, portanto, necessário ir muito longe e basta entender-se. Existem certas imagens das quais não se pode prescindir. Exigir que se unem apenas termos correspondentes à realidade da linguagem é pretender que essas realidades não têm nada de obscuro para nós. Falta muito, porém, para isso; também não hesitaremos em empregar, quando se ofereça a ocasião, algumas das expressões que foram reprovadas na época.


BIBLIOGRAFIA

SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Linguística Geral. São Paulo: Cultrix, 2012. Capítulo I. Visão geral da história da Linguística (pp. 31-35)
Texto: VISÃO GERAL DA HISTÓRIA DA LINGUÍSTICA - Parte II
Por: Genilson Macedo - Fonte: https://linguisticaemfoco.wordpress.com/2013/09/24/linguistica-historica/

quinta-feira, 12 de junho de 2014

VISÃO GERAL DA HISTÓRIA DA LINGUÍSTICA

PARTE I:

A ciência que se constituiu em torno dos fatos da língua passou por três fases sucessivas antes de reconhecer qual é o seu valor verdadeiro e único objeto.

Começou-se por fazer o que se chamava de “Gramática”. Esse estudo, inaugurado pelos gregos, continuado principalmente pelos franceses, é baseado na lógica e está desprovido de qualquer visão científica e desinteressada da própria língua; visa unicamente a formular regras para distinguir as formas corretas das incorretas; é uma disciplina normativa, muito afastada da pura observação e cujo ponto de vista é forçosamente estreito.

A seguir, apareceu a Filologia. Já em Alexandria havia uma escola “filológica”, mas esse termo se vinculou sobretudo ao movimento criado por Friedrich August Wolf a partir de 1777 e que prossegue até nossos dias. A língua não é o único objeto da Filologia, que quer, antes de tudo, fixar, interpretar, comentar os textos; este primeiro estuda a leva a se ocupar também da história literária, dos costumes, das instituições etc.; em toda parte ela usa seu método próprio, que é a crítica. Se aborda questões linguísticas, fá-lo sobretudo para comparar textos de diferentes épocas, determinar a língua peculiar de cada autor, decifrar e explicar inscrições redigidas numa língua arcaica ou obscura. Sem dúvida, essas pesquisas prepararam a Linguística Histórica: os trabalhos de Ritschl acerca de Plauto podem ser chamados linguísticos; mas nesse domínio a crítica filológica é falha num particular: apega-se muito servilmente à língua escrita e esquece a língua falada; aliás, a Antiguidade grega e latina a absorve quase completamente.

O terceiro período começou quando se descobriu que as línguas podiam ser comparadas entre si. Tal foi a origem da Filologia comparativa ou da “Gramática Comparada”. Em 1816, numa obra intitulada Sistema da conjugação do Sânscrito, Franz Bopp estudou as relações que unem o sânscrito ao germânico, ao grego, ao latim etc. Bopp não era o primeiro a assinalar tais afinidades e a admitir que todas essas línguas pertencem a uma única família; isso tinha sido feito antes, notadamente pelo orientalista inglês W. Jones (falecido em 1794); algumas afirmações isoladas, porém, não provam que em 1816 já houvessem sido compreendidas, de modo geral, a significação e a importância dessa verdade. Bopp não tem, pois, o mérito da descoberta de que o sânscrito é parente de certos idiomas da Europa e da Ásia, mas foi ele quem compreendeu que as relações entre línguas afins podiam tornar-se matéria duma ciência autônoma. Esclarecer uma língua por meio de outra, explicar as formas duma pelas formas de outra, eis o que não fora ainda feito.

É de duvidar que Bopp tivesse podido criar sua ciência – pelo menos tão depressa – sem a descoberta do sânscrito. Este, como terceiro testemunho ao lado do grego e do latim, forneceu-lhe uma base de estudo mais larga e mais sólida; tal vantagem foi acrescida pelo fato de que, por um feliz e inesperado acaso, o sânscrito está em condições excepcionalmente favoráveis de aclarar semelhante comparação.

Eis um exemplo: considerando-se o paradigma do latim genus (genus, generis, genere, genera, generum etc.) e o do grego génos (génos, géneos, généi, génes, genéõn etc.) essas séries não dizem nada quando tomamos isoladamente ou comparadas entre si. Mas a situação muda quando se lhes aproxima a série correspondente do sânscrito (gánas, gánasas, gánasi, gánassu, gánasam etc.). Basta uma rápida observação para perceber a relação existente entre os paradigmas grego e latino. Admitindo-se provisoriamente que ganas represente a forma primitiva, pois isso ajuda a explicação, conclui-se que um s deve ter desaparecido nas formas gregas géne (s) os etc., cada vez que ele se achasse colocado entre duas vogais. Conclui-se logo daí que, nas mesmas condições, o sse transformou em r em latim. Depois, do ponto de vista gramatical, o paradigma sânscrito dá precisão à noção de radical, visto corresponder esse elemento a uma unidade (gánas-) perfeitamente determinável e fixa. Somente em suas origens conheceram o grego e o latim o estado representado pelo sânscrito. É, então, pela conservação de todos os ss indo-europeus que o sânscrito se torna, no caso, instrutivo. Não há dúvida de que, em outras partes, ele não guardou tão bem os caracteres do protótipo; assim, transformou completamente o sistema vocálico. Mas, de modo geral, os elementos originários conservados por ele ajudam a pesquisa de maneira admirável – e o caso o tornou uma língua muito própria para esclarecer as outras num sem-número de casos.


CONTINUA...

BIBLIOGRAFIA

SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Linguística Geral. São Paulo: Cultrix, 2012. Capítulo I. Visão geral da história da Linguística (pp. 31-35)
Texto: VISÃO GERAL DA HISTÓRIA DA LINGUÍSTICA - Parte I
Por: Genilson Macedo - Fonte: https://linguisticaemfoco.wordpress.com/2013/09/24/linguistica-historica/

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Frase Chomskyniana




“It’s pretty ironic that the so-called ‘least advanced’ people are the ones taking the lead in trying to protect all of us, while the richest and most powerful among us are the ones who are trying to drive the society to destruction.”



Por: Lalinha Brito

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Estratégias de Manipulação Midiática



Texto Anônimo: Estratégias de Manipulação Midiática - Baseado nas Obras de Noam Chomsky
Por: Genilson Macedo - Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=gk9kTDglLVU

domingo, 25 de maio de 2014

O que é o bem comum?

Parte:  2 / 3
Esse tipo de socialismo, afirmou ele, não retrata "um sistema social fixo, auto-encerrado", com uma resposta definitiva para todas as multifacetadas questões e problemas da vida humana, mas sim uma tendência no desenvolvimento humano que busca atingir os ideais iluministas.
Assim compreendido, o anarquismo faz parte de um leque maior de pensamento e ação socialistas libertários que inclui as conquistas práticas da Espanha revolucionária em 1936; vai além, para empresas de propriedade dos trabalhadores que se espalham hoje no cinturão do ferro americano, no norte do México, no Egito e em muitos outros países, mais extensamente no País Basco na Espanha; e abrange os muitos movimentos cooperativistas em todo o mundo e boa parte das iniciativas de direitos humanos feministas e civis.
Essa ampla tendência no desenvolvimento humano busca identificar estruturas de hierarquia, autoridade e dominação que restringem o desenvolvimento humano, e então submetê-las a um desafio muito razoável: justificar-se.
Se essas estruturas não vencerem o desafio, devem ser desmanteladas - e, acreditam os anarquistas, "remodeladas a partir de baixo", como observa o comentarista Nathan Schneider.
Isto soa em parte como um truísmo: por que alguém defenderia estruturas e instituições ilegítimas? Mas os truísmos pelo menos têm o mérito de ser verdades, o que os distingue de uma grande parte do discurso político. E acredito que eles fornecem passos úteis para se encontrar o bem comum.
Para Rocker, "o problema que se coloca para nosso tempo é o de libertar o homem da maldição da exploração econômica e da escravidão política e social".
Deve-se notar que o tipo de libertarismo americano difere acentuadamente da tradição libertária, aceitando e de fato defendendo a subordinação dos trabalhadores aos senhores da economia, e a submissão de todos à disciplina restritiva e às características destrutivas dos mercados.
O anarquismo se opõe famosamente ao Estado, enquanto defende a "administração planejada das coisas no interesse da comunidade", nas palavras de Rocker; e, indo além, federações abrangentes de comunidades e locais de trabalho autogovernados.
Hoje os anarquistas dedicados a esses objetivos muitas vezes aprovam o poder do Estado para proteger as pessoas, a sociedade e a própria terra da destruição do capital privado concentrado. Isso não é uma contradição. As pessoas vivem, sofrem e resistem na sociedade existente. Os meios disponíveis devem ser usados para protegê-las e beneficiá-las, mesmo que um objetivo de longo prazo seja construir alternativas preferíveis.
No movimento dos trabalhadores rurais do Brasil, fala-se em "ampliar os pisos da jaula" - a jaula das instituições coercitivas existentes que podem ser ampliadas pela luta popular -, como aconteceu efetivamente ao longo de muitos anos.
Podemos ampliar a imagem para pensar na jaula das instituições estatais como uma proteção das feras selvagens que vagam lá fora: as instituições capitalistas predadoras e apoiadas pelo Estado, dedicadas em princípio ao lucro, poder e dominação privados, com o interesse da comunidade e do povo no máximo como uma nota de rodapé, reverenciado na retórica mas negligenciado na prática como uma questão de princípio e até de lei.
Grande parte do trabalho mais respeitado na ciência política acadêmica compara as atitudes públicas com a política do governo. Em "Affluence and Influence: Economic Inequality and Political Power in America" [Afluência e influência: desigualdade econômica e poder político nos EUA], o acadêmico de Princeton Martin Gilens revela que a maioria da população americana está efetivamente despossuída.

(...)
Rafael Quintiniano da Silva Lopes

sábado, 24 de maio de 2014

Enquanto isso, no Brasil...




Por: Lalinha Brito
                                                                                                               

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Integrando Pessoas com Deficiênca


QUALIDADE DE VIDA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 
CONTRIBUIÇÕES PARA UMA ABORDAGEM DE GINÁSTICA LABORAL

A ginástica laboral é um recurso empregado por empresas de diversos setores para reduzir o absenteísmo, quadro de lesões e melhorar a qualidade de vida de seus funcionários. A lei de cota para deficientes nas empresas foi um importante avanço no processo de inclusão dos mesmos em sociedade. Agora nas empresas este grupo participa das aulas de ginástica laboral, porém, devido a suas particularidades necessitam de um trabalho específico e muitas vezes individualizado por parte dos professores. Entendemos que é de suma importância aprofundar os conhecimentos sobre o tema para que os profissionais melhorar a qualidade de vida destes sujeitos. Objetivamos com o presente, familiarizar estes professores sobre as deficiências e suas particularidades, o ambiente corporativo e a ginástica laboral, bem como, propor contribuições para as aulas deste grupo tanto de ordem técnica como prescrição e execução dos exercícios além da didática durante as aulas.

Dissertação: “Qualidade de vida para pessoas com deficiência – contribuições para uma abordagem de ginástica laboral”
Autor: Ricardo Lima Bastos
Orientador: Gustavo Luis Gutierrez
Unidade: Faculdade de Educação Física (FEF)


Por: Genilson Macedo - Texto: A ginástica da inclusão - Mestre, Ricardo Lima Bastos - FEF

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Estruturalismo e Gerativismo parte 1



Olá caros leitores !
Nesta sequência de post's temos como objetivo apresentar dentre várias, duas teorias linguísticas que definem a língua de formas diferentes. Estamos falando de: estruturalismo de Ferdinand de Saussure e Gerativismo de Noam Chomsky.

O termo " linguística " pode ser definido como a ciência que estuda os fatos da linguagem. Estas duas teorias aqui citadas servem de referência para os movimentos modernos, pois é sempre a partir delas que as linhas modernas da linguística se constituem.
Mas antes de dar início a este assunto, como vocês já devem ter lido sobre Noam Chomsky no nosso primeiro post no próximo post iremos falar um pouco do Linguista suíço Ferdinand de Saussure e o estruturalismo.


Texto por: Ruth Alves de Souza




sábado, 17 de maio de 2014

Humor inteligente



Por: Lalinha Brito

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Frase de Noam Chomsky




Por: Lalinha Brito

E O PORTUGUÊS?



Por: Lalinha Brito

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Por Que Falamos?

Podemos definir a palavra "fala" de diversas formas:
  1. ato ou efeito de falar
  2. capacidade do ser humano de se exprimir e comunicar por meio de palavras
  3. linguagem oral
  4. alocução, discurso
  5. timbre ou tom de voz
  6. maneira especial ou característica de falar; estilo
  7. palavra, vocábulo
  8. discurso proferido em público; alocução
  9. parte de um texto proferida por um interlocutor; diálogo
  10. emissão de sons por certos animais
  11. (LINGUÍSTICA) variante linguística de uma determinada região ou comunidade; falar
  12. (LINGUÍSTICA) realização concreta e individualizada da língua


Mas seria assim tão simples? Apenas definir a mesma seria suficiente? Falar é único e fundamental para os seres humanos, assista o vídeo acima e desvende alguns dos segredos da linguagem, com participação do padrinho da linguística,  Avram Noam Chomsky, o primeiro a sugerir que a nossa capacidade de falar é inata.

Texto: Por Que Falamos? - Genilson Macedo - Fonte: http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/fala

terça-feira, 13 de maio de 2014

Sistema Arbóreo do Amor (ou da dor...)


Ricardo desprezou Ana.
Sintagma nominal desprezado: Ana.
Sintagma nominal desprezante: Ricardo.
Verbo dolorido: Desprezou.

Até Chomsky explica!







Por: Andressa da Mata

"Um Tesouro", a descoberta de Chomsky!

Quando Chomsky surgiu no cenário intelectual da linguística, essa ciência tinha passado por poucos avanços significativos. Para ser mais exato, apenas dois... 

O primeiro avanço, foi a criação da tradição clássica grega. Como língua grega tinha se tornado o idioma oficial do grande império formado pelas conquistas de Alexandre III (356-323 a.C.), veio a necessidade de normatizar essa língua, criar um padrão uniforme e homogêneo, que pudesse superar a diversidade regional e social de suas colônias, fundamentando a língua como instrumento de unificação política e cultural e com isso, o surgimento de noções acerca da língua e da linguagem, o que representou o início dos estudos linguísticos, denominado de "Gramática Tradicional". 

O segundo avanço, foi o estruturalismo, criado pelo suíço "Ferdinand de Saussure" (1857-1913). A linguística de Saussure baseou-se no estudo da estrutura da língua e do uso coletivo que é comum a todos os falantes, considerando a língua como um sistema homogêneo, um conjunto de signos exterior aos indivíduos, que deveria ser estudado separado da fala, definiu a língua como dinâmica, enquanto a fala, mutável. Originando assim os termos: "langue e parole". A fim de estudar a língua como sistema, dedicou-se apenas ao primeiro caso, a langue, definindo as bases para a compreensão do conceito de "estrutura", que ainda hoje, trata-se de "palavra-chave" para o desenvolvimento do pensamento linguístico e das ciências sociais. 

Por fim temos o terceiro grande avanço linguístico...  O "Gerativismo de Chomsky", é a teoria linguística que descreve a capacidade humana de gerar um conjunto infinito de frases de uma língua, por meio de um conjunto finito de regras.
A linguística gerativa ou gramática gerativa foi inicialmente formulada como rejeição ao comportamentalismo do estruturalismo. Segundo Noam Chomsky, a criatividade é o principal fator responsável pela identificação da linguagem humana, pois o ser humano é capaz de criar, interpretar e reproduzir outras formas de comunicação. Isso Mudou radicalmente a localização do objeto de estudo da linguística, pois, enquanto para os estruturalistas a língua era algo externo ao homem, para ele o foco era a capacidade inata da linguagem. 

"Porque dentro de todos e de cada um, está "um tesouro", que é preciso estudar". 

E é Essa capacidade que faz você, leitor, entender esta frase que está lendo agora, frase que nunca tinha lido antes mas que faz sentido, esta capacidade é o objeto da linguística de Chomsky.

Texto: "Um Tesouro", a descoberta de Chomsky! - Genilson Macedo
Fonte: http://super.abril.com.br/cultura/dentro-cabeca-noam-chomsky-443820.shtml

domingo, 11 de maio de 2014

Um pouco sobre Chomsky



Segundo Pinker (2002, p.14), "no século 20, a tese mais famosa de que a linguagem é como um instinto foi elaborado por Noam Chomsky, o primeiro lingüista a revelar a complexidade do sistema e talvez o maior responsável pela moderna revolução na ciência cognitiva e na ciência da linguagem." Antes, as ciências sociais eram dominadas pelo behaviorismo, a escola de Watson e Skinner, que não estudavam os processos mentais e rejeitavam a existência de idéias inatas.
Chomsky chamou atenção para dois fatos fundamentais sobre a linguagem. Em primeiro lugar, cada frase dita ou ouvida é uma nova combinação de palavras, que aparece pela primeira vez na história do universo. Por isso, uma língua não pode ser um repertório de respostas, o cérebro deve conter alguma receita ou programa que consiga construir um número infinito de frases a partir de uma lista finita de palavrhttp://www.bing.com/search?q=Teoria+De+Chomsky&FORM=QSRE1as. A esse programa damos o nome de Gramática Universal (GU).
Segundo Chomsky (1959,1987 in STENBERG, 2000), um cientista marciano observando crianças numa comunidade de linguagem única concluiria que a linguagem é quase completamente inata. Isso nós leva ao segundo fato observado por Chomsky, o ritmo http://www.bing.com/search?q=Teoria+De+Chomsky&FORM=QSRE1que as crianças adquirem palavras e gramática sem serem ensinadas é extraordinariamente rápido para ser explicado apenas pelos princípios da aprendizagem, o que ele chama de "pobreza de estímulo". As crianças criam tipos diferentes de frases, que nunca ouviram antes, e por isso mesmo não podem estar imitando. Além disso, muitos dos erros cometidos por crianças pequenas resultam do excesso de generalização (superextensão) das regras gramaticais lógicas.
Para resolver esse problema, Chomsky (1957, 1965 in SCARPA, 2000, p.209) postula "a existência de uma série de regras gramaticais, mais um procedimento de avaliação e descoberta, presentes no Dispositivo de Aquisição de Linguagem (LAD); ao confrontá-la com o input, a criança escolhe as regras que supostamente variam parte de sua língua."
Num segundo momento, Chomsky introduziu a chamada Teoria de Princípio e Parâmetros, onde ele retoma o problema da "pobreza dos estímulos" com uma atitude platonista ante a linguagem. Chomsky transfere o problema de Platão (como é que o ser humano pode saber tanto diante de evidências tão passageiras, enganosas e fragmentárias?) para a linguagem. Desse modo, vincula a linguagem aos mecanismos inatos da espécie humana; surge a idéia dos universais lingüísticos. De acordo com essa visão, o homem vem equipado, no estágio inicial, com uma Gramática Universal (GU), dotada de princípios universais pertencentes à faculdade da linguagem e de parâmetros não-marcados que adquirem seu valor no contacto com a língua materna. Alguns dos parâmetros que têm sido estudados são: se a língua aceita sujeito nulo ou preenchido, se o objeto é nulo ou preenchido, o tipo de flexão ou estrutura do verbo etc. (SCARPA, 2000)
Dessa forma, Chomsky (1980 in WOOD, 1996) nos conduz à concepção da capacidade de aquisição da linguagem quase como um "órgão mental". "Os sons de fala que estimulam os nervos auditivos são 'processados' naturalmente de modo a revelar (a acerta altura) as regras pelas quais aquela fala se estrutura." (WOOD, 1996, p. 165) Assim, apesar das várias línguas serem aparentemente diferentes quanto a sintaxe e a fonética, Chomsky acredita que todas sigam certas propriedades universais, para cuja produção e aquisição desenvolveu-se evolutivamente num sistema congênito (DAL).
Uma outra decorrência do inatismo lingüístico é a modularidade cognitiva da aquisição da linguagem. Dessa forma, a relação entre a língua e outros sistemas cognitivos como a percepção, a memória e a inteligência, é indireta, ou seja, a aquisição da linguagem não depende dele e nem de nenhuma interação social.


postado por SUZETE DA SILVA RIBEIRO(SUZI)     FONTE:http://desenvolvimentoelinguagem.blogspot.com.br/2009/06/chomsky.html
http://www.bing.com/search?q=Teoria+De+Chomsky&FORM=QSRE1

sexta-feira, 9 de maio de 2014

O que é o bem comum?

Olá, galera!  Como colunista  do Uol notícias,  Chomsky argumenta sobre diversos assuntos ligados à política , à sociedade ,entre outras  relevâncias. Esta coluna está dividida em três partes,  as duas últimas serão postadas nos próximos dias.

Boa leitura!

Parte 1 / 3.

Os humanos são seres sociais, e o tipo de criatura que uma pessoa se torna depende essencialmente das circunstâncias sociais, culturais e institucionais de sua vida.
Somos, portanto, levados a investigar os arranjos sociais que conduzem aos direitos e ao bem-estar das pessoas, e à realização de suas justas aspirações - em suma, o bem comum.
Como perspectiva, eu gostaria de invocar o que me parecem truísmos virtuais. Eles se relacionam a uma categoria interessante de princípios éticos: os que são não apenas universais, na medida em que são virtualmente sempre professados, mas também duplamente universais, porque ao mesmo tempo são quase universalmente rejeitados na prática.
Estes variam desde princípios muito gerais, como o truísmo de que devemos aplicar a nós os mesmos critérios que aplicamos aos outros (senão mais rigorosos), até doutrinas mais específicas, como a dedicação a promover a democracia e os direitos humanos, que é proclamada quase de maneira universal, mesmo pelos piores monstros - embora o registro atual seja sombrio, em todo o espectro.
Um bom lugar para começar é com o clássico "Sobre a Liberdade", de John Stuart Mill. Sua epígrafe formula "o grande princípio condutor para o qual convergem diretamente todos os argumentos desdobrados nestas páginas: a absoluta e essencial importância do desenvolvimento humano em sua mais rica diversidade".
As palavras citadas são de Wilhelm von Humboldt, um dos fundadores do liberalismo clássico. Segue-se que as instituições que restringem esse desenvolvimento são ilegítimas, a menos que possam de alguma forma justificar-se.
A preocupação pelo bem comum deveria nos impelir a encontrar maneiras de cultivar o desenvolvimento humano em sua mais rica diversidade.
Adam Smith, outro pensador do iluminismo com ideias semelhantes, acreditava que não deveria ser muito difícil instituir políticas humanísticas. Em sua "Teoria dos Sentimentos Morais", ele observou que "por mais egoísta que um homem supostamente seja, há evidentemente alguns princípios em sua natureza que lhe interessam na fortuna dos outros e lhe fazem necessária a felicidade destes, embora não extraia nada disso exceto o prazer de vê-la".
Smith reconhece o poder do que chama de "máxima vil dos senhores da humanidade": "Tudo para nós e nada para os outros". Mas as "paixões originais da natureza humana", mais benignas, poderiam compensar essa patologia.
O liberalismo clássico naufragou nos recifes do capitalismo, mas seus compromissos e aspirações humanísticos não morreram. Rudolf Rocker, um pensador e ativista anarquista do século 20, reiterou ideias semelhantes.
Rocker descreveu o que chama de "tendência clara no desenvolvimento histórico da humanidade" que busca o "livre e desimpedido desdobramento de todas as forças sociais e individuais na vida".
Rocker delineava uma tradição anarquista que culminou no anarcossindicalismo - em termos europeus, uma variedade do "socialismo libertário".
(...)

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Sob o céu de Chomsky

Avram Noam Chomsky

Sim! É isso mesmo, Se você ainda não atentou-se a isso, saiba que estamos todos sob influencia do Gerativismo criado pelo vovô Chomsky.

Atualmente, aos 85 anos de vida, é professor emérito no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e autor de mais de 100 livros. Influenciou com seu trabalho campos diversificados como: inteligência artificial, ciência cognitiva, ciência da computação, lógica, matemática, teoria e análise musical, ciência política, teoria da linguagem de programação e psicologia.

Avram Noam Chomsky é um Linguista americano, filósofo, cientista lógico e cognitivo, comentarista e ativista político, nascido no dia 7 de dezembro de 1928, criador da Gramática Gerativa (gerar - criar frases) porque permite a partir de um número limitado de regras criar um número infinito de sequências. Mas isso é assunto para futuras postagens!

Texto: Sob o céu de Chomsky - Genilson Macedo - Fonte: www.chomsky.info